TECNOLOGIA E CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

terça-feira, 9 de junho de 2015

Entrevista com a professora Luciana Backes

Como o trabalho tem por objetivo o uso de tecnologias digitais, fizemos uma entrevista, via email uma vez que a professora do programa de pós graduação em educação do Unilasalle Luciana Backes, está em viagem de estudos na França, atuando como professora convidada com Bolsa de Estágio Pós-Doutoral no Exterior CAPES, na l'Université Paris Descartes Paris V - Sorbonne.


1 - Você percebe que os alunos que utilizam as tecnologias digitais tem maior facilidade de aprendizado? Por que?
Depende das estruturas cognitivas que ele tem construído ao longo de sua história. O que são essas estruturas cognitivas? são os conhecimentos e fundamentos que ele utiliza para estabelecer relação com os novos conhecimentos. Como isso se processa em relação as tecnologias? Vemos muitos alunos utilizarem o facebook, mas de uma forma superficial... Compartilha tudo que vê (sem ler e sem pensar sobre); Escreve as atividades que realiza no momento; Curti tudo que os amigos fazem; entre outras atividades que não envolvem um pensamento mais profundo sobre a utilização dessa mídia social. Isso não acontece somente com o facebook, mas também com outras tecnologias digitais. Por outro lado vemos alunos utilizando o facebook de maneira mais profunda e articulada, fazendo comentários sobre informações interessantes, interagindo com outras pessoas a fim de aprender coisas novas, criando grupos sobre temáticas específicas. Nesse caso o facebook passa a ser uma tecnologias que contribui para a aprendizagem. Portanto penso que assim como o facebook, outras tecnologias podem contribuir para o aprendizado de um aluno, se esse aluno refletir sobre as informações, bem como sobre a potencia da tecnologia para aprender.

2 - Os professores estão preparados para trabalhar com a educação inclusiva e com as tecnologias digitais?
Penso que nunca estamos suficientemente preparados para qualquer atividade, e essa perspectiva abre espaço para a formação permanente do professor. Estamos todos sempre em transformação, sejam as pessoas, as tecnologias, a natureza, a cultura, ... Portanto quando estamos preparados, outra novidade emerge. Mas isso não quer dizer que precisamos de uma formação que sirva de base para o trabalho inicial. Essa formação de base contribui para que possamos perceber quando algo não está correto na nossa ação docente e refazermos a nossa ação. O importante é termos um pensamento reflexivo e que possamos avançar em nossa reflexão ao estabelecermos relação entre o que fazemos e o que é discutido teoricamente por pesquisadores. Penso que não só para nós professores, como para toda a sociedade, há uma certa subestimação em relação aos alunos da educação inclusiva, pois acreditamos que trabalhar entre as pessoas iguais é mais fácil. Penso também que não só para os professores, como também para todas as pessoas que não utilizam as tecnologias digitais no seu cotidiano, elas representam uma ameaça, seja pela ideia de serem subtituídos ou pela ideia de que irão estragar.

3 - Qual ma sua posição diante do avanço das tecnologias digitais para crianças com necessidades especiais?
Acredito que o avanço das tecnologias digitais podem contribuir de maneira significativa para a superação das dificuldades encontrtadas pelas crianças de necessidades especiais, quando utilizadas de maneira apropriada e com reflexão.

4 - Quais as diferenças no aprendizado que se percebe no desenvolvimento dos alunos?
Isso depende do aluno e da prática que o professor proporciona.

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